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28 janeiro, 2011

Chegamos ao Estado - Catarse Funcional

Chegamos ao Estado


Nunca deu muito certo a convivência entre mim e o Estado, tanto como cidadã ou como funcionária publica.
Se você não falar a palavra “certa” nos vários setores administrativos, em que este se estratifica, fica difícil a obtenção de viabilidade e sucesso.
Tem-se a impressão da existência de imensos labirintos. A coisa não anda. Pesa desnecessariamente. Não encaixa.
Os termos usados, por exemplo, na linguagem educacional do Estado, como os que envolvem questões de planejamento, administração, hierarquia, dependência, ficam perdidos numa chuva de orientações.
Você acaba falando de muitas outras coisas e a demanda, que a originou, se esvai na busca da compreensão dos termos.
A sociedade muda num ritmo acelerado por conta da corrida tecnológica e o Estado que diz representá-la e traduzi-la, fica lá a vendo a banda passar.
Os textos das Leis ficam tão comprometidos nas suas amarras, que muitos usuários potencializados são vencidos pelo cansaço e esquecidos a beira do caminho.
Por exemplo, quanto tempo se gasta para entender e aplicar, uma resolução que orienta o início de cada ano letivo, entre todos os envolvidos?
Um excesso de legislação formal que percorre não só a hierarquia do poder constitucional, como todas as outras subseqüentes camadas de poder, acrescentadas ao longo do percurso, entre os vários setores a que são encaminhados. Formulários e modelos trocados ao gosto das interpretações.
O Estado prega acesso irrestrito, igualdade de tratamento, diálogo, e outras coisas mais, mas possui um dialeto especifico, quase que só para os iniciados.
No sentido instrumental, talvez seja isto uma das principais causas de sua estagnação e impedimento de desburocratização e mudanças.
Os planejamentos podem ser tecnicamente perfeitos, criativos, inovadores, simplificadores, mas diante de tanta obediência burocrática perdem o sentido.
Existe sempre uma amarraçãozinha. Uma proliferação de co-dependências que não se intercomunicam.
Uma estabilidade preservada com o direito de permanecer tudo como era antes, o mesmo status quo, de poder e comando.
No caso, um planejamento feito para uma clientela especifica de aluno, com defasagem de escolaridade, gerenciamento escolar ou até a capacitação de professores, se dilui na extensão dos caminhos percorridos, não se demonstrando de forma conveniente a que veio.
Aliás, nestes meus anos de experiência no Estado, não percebi continuidade em planejamentos, mesmo aqueles que iniciavam pregando isso.
Como então fazer uma avaliação de um processo educacional comparativo efetivo para uma determinada faixa etária?
Teria que ser no mínimo por um espaço de dois anos, num ideal de três, para que se efetive uma conclusão mais clara, mesmo que esta se refira a uma situação transitória, organizando-se na busca de um aprimoramento.

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