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08 outubro, 2011

Questão de opinião? - Professores em Rede


Comentários para “Moore em Wall Street: “viciados em ganância””

  1. Mariana Silveira disse:
A manifestação contra o mercado financeiro, na minha opinião, deveria ser uma manifestação que tomasse os quatro quadrantes da Terra. Não pode, não deve, é louco, é insano, é incoerente com a própria condição humana de ser pensante que é o homem, ser submetido a este sistema em que homens mantêm homens sobre seus domínios e as desigualdades aumentarem da maneira como este sistema faz.
É impossível que isto persista por mais tempo. É absurda a atuação de governos salvando bancos, criações mirabolantes de pessoas que são, de repente, endeusadas pelos mercados, mas que criaram supostos sistemas financeiros alicerçados no vento, no nada. Nenhuma sociedade sobrevive com desmandos e sem ordens, o estado de anomia não funciona. Não adiante o Estado tentar seu monopólio da violência legítima para conter manifestantes, a insatisfação com este sistema não está num país específico, é uma insatisfação mundial.
Por mais que o mercado alicie a imprensa como costumam fazer, vemos os exemplos hodiernos aqui da imprensa tupiniquim. Por mais que o mercado receba o favorecimento do Poder Judiciário. Por mais que o mercado receba a aquiescência do Poder Legislativo, com deputados que são eleitos pelo povo, mas que tem compromisso com essa desregulamentação. Por mais que o Poder Executivo continue a salvar bancos, da maneira como este sistema está fundamentado, haverá sempre insatisfação. A diferença é que, agora, na era digital, isto pode ser mais intenso e tomar os quatro quadrantes.
É preciso sim, ir às ruas, é preciso sim, se manifestar contra isto. Que mão invisível é esta que tudo pode? Por quanto tempo essas pessoas pensam que podem enganar a todos? E a impunidade que está plantada no próprio sistema? Se a sociedade não se der conta de que, para viver em sociedade é preciso que todos tenham condição de igualdade, que tenham todos os direitos, por mais que juristas, humanistas de todos os segmentos pensantes apregoem de que nem todos podem ser igual, vá dizer isto lá no íntimo do ser humano em que todos se olham para si e se vêem da mesma espécie, ou seja, gênero humano, ser pensante, capaz de fazer algo dentro deste pensamento. Ser capaz e dotado viver e transformar a sociedade em que vive.
É um engano sem tamanho imaginar que o homem tema outro homem. É absurdo pensar assim, ainda qu e hoje ele está socialmente inserido num Estado de Direito. A humanidade desde os primórdios busca pela sobrevivência, a segurança da espécie e o direito à felicidade, isto pertence a todos os homens. Que espécie de sociedade é esta que homens dominam homens e legitimam isto como se fosse um direito inalienável?
Isso nunca funcionou, não funciona e nunca funcionará. Parece retórica, mas não é, pois cabe nessa situação: o ser é e não deixará de ser nunca. O homem ex iste, ou seja, ele existe de dentro para fora e não o contrário disso. É um absurdo toda essa loucura que o Ocidente levou o mundo neste sistema financeiro que seus seguidores apregoam como a sétima maravilha, mas não é, é preciso regulamentar, é preciso por limite a este próprio ser, pois ele é contraditório pela própria existência.
Da mesma forma que ele quer algo, a falta de limite pelo poder, em querer abraçar o mundo com dois braços também está presente e recorrentemente nesta sociedade de consumo que encontramos hoje. Se não repensarmos o que somos e porque somos, chegamos a um momento incrível da espécie humana, mas também chegamos ao momento sórdido desta sociedade. Ou se rediscute esta anomia e ou sairá do controle.
As pessoas estão perdendo direitos que buscaram a vida inteira e, de repente, menos de 1% da população mundial, mas que detém o pode econômico, impõe sua vontade a maioria. Isto não vai dar certo nem aqui nem em Marte ou em qualquer lugar do Universo. O que estão querendo impor ao homem é loucura para o próprio homem e que bom que ele começou a acordar e espero que este despertar alcance toda a Terra e se refaça uma nova forma de ser, ver, estar e sentir. Podem achar que isto é utópico, mas não é, porque todo ser humano busca isto. A diferença é que alguns não prejudicam o outro para conseguir isto; enquanto outros utilizam várias formas de escravidão para obter. Todo Ptolomeu acorrentado encontrará sua liberdade, não adianta. É o homem, a obra-prima da criação que não se curva diante de outro homem, mas ele estará sempre em condição de igualdade, por mais que a sociedade estabeleça valores e padronize o que deve e não deve, pois dentro do seu íntimo, por ex iste, ele sabe quem de fato é: osso do osso, carne da carne. Todos nascem, todos morrem.
O que sempre definirá diferença de um homem para o outro não será a sua posição social, será sempre seu caráter, por mais que sociedades a cada geração se estabeleça casta, tipos de sociedade, mas no íntimo ele nunca, jamais deixará de ser que ele é: o ser, genêro, espécie, HUMANIDADE.
Ele não é casta, ele não é o cliente especial de um banco, ele não é a atriz, ele não é o rosto bonito, ele não é o jornalista dissimulado, ele não é magistrado corporativista, ele não é o politico interesseiro. Isso é traço de seu caráter defeituoso. Ele é e será o homem, quando isto está fora de ordem, a anomia irá sempre prevalecer, pois no seu íntimo ele sabe o que é o correto. Mas quando distorce o correto de dentro dele pela deficiência e manutenção desse caráter torpe, o outro vai sofrer, na medida que estas distorções passam a prevalecer socialmente, ou seja, o certo se torna errado e o errado se torna certo. Logo, haverá dentro dessa estrutura uma maioria que está a perecer por aqueles que desestruturam por se imaginagem superior. Aí está o equívoco, aí está o sofisma, aí está, também, o caminho para a transformação. Não adianta, é o homem.


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