Tem mais um
Praticamente a mesma historia. Foi no Colégio Frei Orlando. Entrei como auxiliar de biblioteca. Tive uma parceria muito frutífera de trabalho com minha amiga Cida. Era um ambiente tranqüilo e criativo. Os professores mandavam os meninos com seus roteiros de pesquisa, e nós os orientávamos a alcançar o assunto, a localizar no índice. Neste tempo ajudamos até um grupo de alunos a produzir seu primeiro filme.
Tinham como anexo, o “Jardim Infância Feliz” que funcionava na esquina da rua de baixo, em três casas velhas. Nos arranjos do final do ano, as mesmas mudanças de comando, estavam anunciando seu fechamento, por estar mal administrado e dando prejuízo.
Seriam em torno de 12 professores dispensados, mais serviçais e secretária. Os freis quando cumprem um tempo em determinado local são transferidos. Frei Raul sugeriu meu nome para a nova direção e, perto do mês de abril já havíamos empatado o caixa, e em setembro já estávamos com lucro. Funcionava somente no turno da tarde.
No inicio de mais um ano, começamos com dois turnos de vagas disputadas pela comunidade, elogiando a qualidade do trabalho e manifestando sua confiança.
Os mesmos fatos, nova eleição na entidade mantenedora. Pagamos mais caro ainda, porque eu não conseguia ter religião. Como diz o outro: só mesmo resgate de carma para justificar tudo isso.
Uma das características entre esses grupos de professores é que o abandono do barco acontecia pela decisão de cada um.
Por mim, nenhum foi dispensado, mesmo uma que quase me enfartou de raiva. Descobri que estava dando pontos para os alunos que comprassem uma rifa de um liquidificador em troca de nota. Eu disse o que devia e principalmente o que não devia. Ela voltou às suas aulas tranqüila, e eu fiquei querendo o seu fígado por muito tempo.
As questões pedagógicas desenvolvidas no Jardim Infância Feliz ficaram riquíssimas com a presença de uma psicóloga que ajudava muito na compreensão da teoria da aprendizagem de Jean Piaget.
A clientela aqui era classe média e uns poucos bolsistas. A sociedade pode separar as pessoas em classe, mas o humano as iguala. A dosagem de afeto recebida ou não, é um bom exemplo. Não vou contar o que você observa nos processos de aquisição de sentimentos de crianças, entre outras coisas, porque não sou formada para isso. Mas posso dizer que o trabalho em geral foi da melhor qualidade. Cada Professora mais criativa que a outra.
Nesta época estavam abrindo o “Instituto da Criança”, tendo como uma das sócias a Dona Nazira Feres AbiSaber, que como eu, era apaixonada por Piaget.
Todo curso, encontro, seminário, ela me convidava para participar. Demonstrava ter muita confiança em mim. Aprendi muito mesmo, aproveitando todas as oportunidades.
Ganhei de uma professora da UFMG um planejamento de exercícios e explicação teórica do desenvolvimento da aprendizagem de Jean Piaget, e todas nós aproveitamos muito. Chegou num pacotão de papel kraft.
Escrito por fora o nome do destinatário, mas não se identificava o remetente. Descobri mais tarde, mas esqueci infelizmente o nome da pessoa que me fez esta riquíssima oferta.
Quando o Instituto da Criança mudou para o São Bento, na época ficou fora de mão o contato. Até telefone não se tinha acesso fácil assim.
Mas nas mesas de encontro em que Dona Nazira era convidada, eu estava sempre presente. Nós ficávamos trocando bilhetes sobre o que estava acontecendo. Ela na mesa antes de falar e eu no auditório, trocando impressões. Sua convivência me honrou muito.
Por ordem de sofrimento por perdas, o Ginásio Jose de Anchieta lidera. Sofri muito com o afastamento. Trouxe comigo uma anemia braba e uma crise de melancolia que me deixou toda roxa. Isto é que foi paixão galopante.
A dedicação de mim mãe com seus cuidados e suas broncas é que me fizeram voltar ao “normal”, após um período considerável de recuperação.
O Jardim Infância Feliz foi o segundo. Nossos planejamentos foram utilizados durante muito tempo. Não só nas programações pedagógicas, mas também as experiências que fazíamos entre pais e filhos nas convivências sociais. Não tinha fundo ideológico, era ligado mais à reflexão e exercícios concretos sobre integração dos relacionamentos humanos.
No Colégio da UNSP fazia pouca interferência no seu processo pedagógico. Funcionava mais como ponto de referencia para os professores avaliarem os processos de seus trabalhos. O dialogo era um exercício.
No Ginásio Fernão Dias, não posso dizer que me envolvi muito pessoalmente. As relações tinham mais sentido de funcionamento de empresa entre eles. Eu cumpria o possível da minha parte.
Passei oito meses na Coest-sul, com a Maria Helena Zandonadi. Era publico federal, mas eu era CLT, como agente administrativo.
Mais uns dois meses com o Professor Alexandrino, no seu curso de pré-vestibular Seno. Nestes dois lugares não apresentei nada relevante em termos pedagógicos, a não ser dar palpites.
Assim termina minha atuação na rede privada.
Praticamente a mesma historia. Foi no Colégio Frei Orlando. Entrei como auxiliar de biblioteca. Tive uma parceria muito frutífera de trabalho com minha amiga Cida. Era um ambiente tranqüilo e criativo. Os professores mandavam os meninos com seus roteiros de pesquisa, e nós os orientávamos a alcançar o assunto, a localizar no índice. Neste tempo ajudamos até um grupo de alunos a produzir seu primeiro filme.
Tinham como anexo, o “Jardim Infância Feliz” que funcionava na esquina da rua de baixo, em três casas velhas. Nos arranjos do final do ano, as mesmas mudanças de comando, estavam anunciando seu fechamento, por estar mal administrado e dando prejuízo.
Seriam em torno de 12 professores dispensados, mais serviçais e secretária. Os freis quando cumprem um tempo em determinado local são transferidos. Frei Raul sugeriu meu nome para a nova direção e, perto do mês de abril já havíamos empatado o caixa, e em setembro já estávamos com lucro. Funcionava somente no turno da tarde.
No inicio de mais um ano, começamos com dois turnos de vagas disputadas pela comunidade, elogiando a qualidade do trabalho e manifestando sua confiança.
Os mesmos fatos, nova eleição na entidade mantenedora. Pagamos mais caro ainda, porque eu não conseguia ter religião. Como diz o outro: só mesmo resgate de carma para justificar tudo isso.
Uma das características entre esses grupos de professores é que o abandono do barco acontecia pela decisão de cada um.
Por mim, nenhum foi dispensado, mesmo uma que quase me enfartou de raiva. Descobri que estava dando pontos para os alunos que comprassem uma rifa de um liquidificador em troca de nota. Eu disse o que devia e principalmente o que não devia. Ela voltou às suas aulas tranqüila, e eu fiquei querendo o seu fígado por muito tempo.
As questões pedagógicas desenvolvidas no Jardim Infância Feliz ficaram riquíssimas com a presença de uma psicóloga que ajudava muito na compreensão da teoria da aprendizagem de Jean Piaget.
A clientela aqui era classe média e uns poucos bolsistas. A sociedade pode separar as pessoas em classe, mas o humano as iguala. A dosagem de afeto recebida ou não, é um bom exemplo. Não vou contar o que você observa nos processos de aquisição de sentimentos de crianças, entre outras coisas, porque não sou formada para isso. Mas posso dizer que o trabalho em geral foi da melhor qualidade. Cada Professora mais criativa que a outra.
Nesta época estavam abrindo o “Instituto da Criança”, tendo como uma das sócias a Dona Nazira Feres AbiSaber, que como eu, era apaixonada por Piaget.
Todo curso, encontro, seminário, ela me convidava para participar. Demonstrava ter muita confiança em mim. Aprendi muito mesmo, aproveitando todas as oportunidades.
Ganhei de uma professora da UFMG um planejamento de exercícios e explicação teórica do desenvolvimento da aprendizagem de Jean Piaget, e todas nós aproveitamos muito. Chegou num pacotão de papel kraft.
Escrito por fora o nome do destinatário, mas não se identificava o remetente. Descobri mais tarde, mas esqueci infelizmente o nome da pessoa que me fez esta riquíssima oferta.
Quando o Instituto da Criança mudou para o São Bento, na época ficou fora de mão o contato. Até telefone não se tinha acesso fácil assim.
Mas nas mesas de encontro em que Dona Nazira era convidada, eu estava sempre presente. Nós ficávamos trocando bilhetes sobre o que estava acontecendo. Ela na mesa antes de falar e eu no auditório, trocando impressões. Sua convivência me honrou muito.
Por ordem de sofrimento por perdas, o Ginásio Jose de Anchieta lidera. Sofri muito com o afastamento. Trouxe comigo uma anemia braba e uma crise de melancolia que me deixou toda roxa. Isto é que foi paixão galopante.
A dedicação de mim mãe com seus cuidados e suas broncas é que me fizeram voltar ao “normal”, após um período considerável de recuperação.
O Jardim Infância Feliz foi o segundo. Nossos planejamentos foram utilizados durante muito tempo. Não só nas programações pedagógicas, mas também as experiências que fazíamos entre pais e filhos nas convivências sociais. Não tinha fundo ideológico, era ligado mais à reflexão e exercícios concretos sobre integração dos relacionamentos humanos.
No Colégio da UNSP fazia pouca interferência no seu processo pedagógico. Funcionava mais como ponto de referencia para os professores avaliarem os processos de seus trabalhos. O dialogo era um exercício.
No Ginásio Fernão Dias, não posso dizer que me envolvi muito pessoalmente. As relações tinham mais sentido de funcionamento de empresa entre eles. Eu cumpria o possível da minha parte.
Passei oito meses na Coest-sul, com a Maria Helena Zandonadi. Era publico federal, mas eu era CLT, como agente administrativo.
Mais uns dois meses com o Professor Alexandrino, no seu curso de pré-vestibular Seno. Nestes dois lugares não apresentei nada relevante em termos pedagógicos, a não ser dar palpites.
Assim termina minha atuação na rede privada.
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